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Lee Morgan dá-te o mote e a janela aberta desperta os sentidos: sair. Mas preferes o refúgio da casa. O seu conforto. De manhã foste tomar o café ao lugar de sempre. Desta vez a manga-comprida em vez da manga-curta, apesar do sol. Só que uma brisa fresca arrepiou-te os braços. E desta vez não foste a pé. Levaste o carro dos teus pais, pois é preciso que a bateria não descarregue e o carro sinta que ainda não está esquecido. Sentes, no entanto, falta da tua pequena caminhada. Andar pelas ruas cada vez mais envelhecidas e vazias. Esperavas sentir já o cheiro a mosto. Ainda não foi desta.

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